segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Calcificação Metastática


Ocorre quando há um aumento anormal do teor de cálcio no sangue (hipercalcemia), não necessitando de uma lesão prévia. A hipercalcemia pode ser causada pela remoção de cálcio dos ossos ( comum em situações de cânceres e inflamações ósseas, imobilidade, hiperparatireoidismo) ou à dieta excessivamente rica desse íon. A calcificação metastática pode ocorrer amplamente no corpo, mas afeta principalmente os tecidos intersticiais da mucosa gástrica, rins, pulmões, artérias sistêmicas e veias pulmonares. Entretanto, essa calcificação devido a hipercalcemia é mais preocupante do que a calcificação em si, por está ligada a circulação sanguínea sistêmica.

Tatuagem


Ao fazer uma tatuagem a pessoa se expõe a riscos de contaminação por bactérias que causam infecções como impetigo ou por vírus que causam doenças como a hepatite, a Aids, a sífilis e muitas outras. A contaminação acontece porque os procedimentos nem sempre são realizados em boas condições de higiene. Em muitos casos, agulhas são reutilizadas e, como há sangramento da região que vai ser trabalhada, até o dedo ou algodão utilizado para estancar o sangue pode transmitir doenças. Também podem surgir reações alérgicas e cicatrizes indesejáveis como as queloideanas. E se a pessoa tem algum tipo de doenças dermatológica, como psoríase, líquen plano, vitiligo e verrugas, estas podem aparecer nos locais do trauma. A tatuagem ainda pode provocar um tipo de reação inflamatória, chamada granuloma, ocasionada pela presença de corpos estranhos que penetram na pele durante o ato de tatuar, ou pelo próprio pigmento introduzido. Portanto, alguns cuidados devem ser tomados quando se pensa em fazer uma tatuagem tais como: agulhas e peças esterelizadas e descatáveis, luvas de látex, materiais com a devida assepsia e o equipamento próprio para a realização do procedimento são essenciais neste processo. No entanto, mais de que tudo, a escolha do profissional ou da clínica precisa ser consciente, devendo ser evitados locais que não tenham o selo de qualidade da Secretaria de Saúde - documento que garante que o estabelecimento segue as condutas mínimas recomendadas.

Fontes:

http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=4022&ReturnCatID=666
http://www.saudeesportiva.com.br/tatuagem.php

Câncer de Pele


Apesar da maior concentração de melanina, a pele negra também está sujeita ao câncer e deve ser protegida.Qualquer pessoa pode ter câncer de pele, no entanto aquelas com maior concentração de melanina na pele, como as pessoas negras, apresentam menor incidência de tumores de pele. Embora seja raro, podem ter câncer de pele, principalmente na palma das mãos ou na planta dos pés. Os negros têm a pele mais protegida, mas não são imunes dos cânceres de pele, que acontecem pelo excesso de exposição solar. Mas se apresentarem queimaduras solares e excesso de exposição ao sol, as pessoas de pele negra também podem desenvolver essas doenças. O melanoma maligno é ainda mais independente da cor de pele e pode ser até mais grave nos negros, uma vez que eles podem demorar mais tempo para notar a presença de uma pinta escura atípica. Isso retarda a detecção e o tratamento do tumor, e pode agravar o prognóstico.


Fontes:

http://www.peruzzo.med.br/noticias/pessoas-com-pele-negra-tambem-devem-se-proteger-do-cancer.asp

http://www.vidasemcancer.com.br/mitos-e-verdades-sobre-o-cancer/pessoas-afro-descendentes-nao-correm-risco-de-ter-cancer-de-pele/

domingo, 21 de fevereiro de 2010

UMA VIAGEM VASCULAR - COLESTEROL - HDL - LDL - ATEROSCLEROSE

Xantoma


O xantoma é uma espécie de tumor benigno de pele composto de lipídios, que pode aparecer em qualquer parte do corpo, especialmente em cotovelos, joelhos, mãos, pés, coxas e glúteos. Não se trata de uma doença, mas da manifestação aparente de algum distúrbio no metabolismo de lipídios, em especial o colesterol. Este quadro pode ser primário ou, secundário a outras doenças e condições, tais como o diabetes, a cirrose biliar primária, doenças do metabolismo e alguns tipos de câncer.Essas lesões se formam numa tentativa natural do organismo de se proteger contra o acúmulo das proteínas que carregam o colesterol, chamadas de lipoproteínas. Com essa intenção as células responsáveis pela limpeza orgânica, chamadas macrófagos, literalmente engolem a gordura depositada nos tecidos. No entanto, os macrófagos não conseguem eliminar completamente os lipídios, como o fazem com microrganismos, e se transformam em células cheias de gordura, que, por não terem para onde ir, se acumulam e se infiltram sob a superfície da pele, dando origem aos xantomas. Diante da detecção de uma lesão nova na pele é importante a avaliação de um médico. Vale ressaltar que as alterações metabólicas e o conseqüente depósito de gordura no organismo podem constituir um importante fator de risco para doenças cardiovasculares.

Fonte:

http://www.maxismedia.com.br/clientes/deomar/index.php?pg=dicionariodasaude&type=letter&search=x&target=1272


sábado, 20 de fevereiro de 2010

Apoptose


Também chamada de morte celular programada em virtude do seu mecanismo envolver a degradação do DNA e das proteínas celulares segundo um programa celular específico. Nesta forma de morte celular não há vazamento de proteínas através da membrana celular, ocorrendo fagocitose da célula apoptótica sem inflamação local. A apoptose pode ser fisiológica ou patológica. Morte de células nos processos embrionários; involução dependente de hormônios nos adultos; eliminação celular em populações celulares em proliferação; neutrófilos e outros leucócitos após término de reações inflamatórias ou imunológicas; eliminação de linfócitos auto-reativos potencialmente danosos; morte celular induzida por células T citotóxicas são exemplos de apoptose fisiológica.Já a patológica ocorre principalmente na presença de vírus, estímulos nocivos (como radiação e drogas citotóxicas anticancerosas), atrofia patológica dos órgãos e tumores.
Na apoptose, as células encolhem e a cromatina é compactada, formando massas concentradas nas bordas do núcleo, que se parte, levando à formação de vesículas apoptóticas. Essas são fagocitadas por macrófagos antes que se desintegrem. Em indivíduos adultos, se a multiplicação das células não é compensada pelas perdas, os tecidos e órgãos crescem sem controle, levando ao câncer.

Fontes:
http://www.pathology.com.br/necrose/t_necrosecompl.htm
http://www.cynara.com.br/citologia.htm

Necrose Gangrenosa


A gangrena na verdade não é um tipo específico de necrose, contudo ela é utilizada na prática clínica para descrever um tipo de necrose de coagulação que acomete principalmente extremidade de membros que perderam o suprimento sanguíneo. Quando isso está associado a uma infecção por um microorganismo (principalmente bactérias) a necrose de coagulação é modificada pela "liquefação" produzida pelas bactérias, o que torna a gangrena "úmida".

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Necrose

Necrose de Liquefação


O tecido necrótico fica limitado a uma região, geralmente cavitária, havendo a presença de grande quantidade de neutrófilos e outras células inflamatórias (os quais originam o pus). É comum em infecções bacterianas. Pode ser observada nos abscessos e no sistema nervoso central, bem como em algumas neoplasias malignas.

Fonte: http://www.fo.usp.br/lido/patoartegeral/patoartenec2.htm



Necrose Gordurosa (ou enzimática)

É um tipo especial de necrose que ocorre quando há o extravasamento de enzimas lipolíticas para o tecido adiposo, o que leva à digestão (liquefação) da membrana de adipócitos e quebra das ligações estericas dos triglicérides, liberando assim ácidos graxos livres. Estes ácidos graxos se combinam com íons Ca++ (reação de saponificação) e formam áreas esbranquiçadas no tecido adiposo. Esta necrose é vista em casos de pancreatite aguda nos quais as lipases ativadas extravasam os ácinos pancreáticos e caem no parênquima pancreático e na cavidade peritoneal.

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Necrose

Necrose Fibrinóide


O tecido necrótico adquire um aspecto hialino (róseo e vítreo), acidofílico, semelhante a fibrina, daí a termologia fibrinóide. A figura mostra uma necrose fibrinóide (NF) em úlcera péptica (estômago). Adjacente à faixa de tecido necrótico, nota-se infiltrado inflamatório crônico e congestão vascular. Esse tipo de ulceração provoca as chamadas ''gastrites crônicas''.


Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Necrose
http://www.fo.usp.br/lido/patoartegeral/Banco_de_imagens/patoarteimages1Nectext6.htm





Necrose Caseosa

É uma forma bastante distinta de necrose de coagulação. Macroscopicamente o tecido se torna esbranquiçado, granuloso, amolecido, com aspecto de queijo friável. Microscopicamente é caracterizado pela perda dos contornos celulares. No citoplasma, bastante eosinofílico, notam-se também vacuolizações (setas). O foco de necrose caeosa geralmente encontra-se delimitado e localizado bem no centro da inflamação granulomatosa que caracteriza a tuberculose.


Fontes:

http://www.ebah.com.br/necrose-liquefativa-e-caseosa-doc-a10239.html

http://www.fo.usp.br/lido/patoartegeral/Banco_de_imagens/patoarteimages1Nectext5.htm

Necrose de Coagulação ou Isquêmica


Este tipo de necrose é visto quando há uma isquemia ou hipóxia em qualquer tecido (exceto o tecido cerebral, que neste caso desenvolverá uma necrose de liquefação - por ser rico em lipídeos, que não sofrem coagulação). A necrose de coagulação é determinada pela desnaturação da maioria das proteínas celulares (inclusive as autolíticas) devido à queda acentuada no pH celular durante o processo de lesão por hipóxia ou isquemia. Com isso o citoplasma celular se torna bastante eosinofílico e como a maioria das enzimas autolíticas foram desnaturadas a célula não é destruída e a arquitetura tecidual é mantida por alguns dias até digestão e remoção do tecido necrótico por leucócitos.Outra grande característica da necrose de coagulação é a perda do contorno nuclear das células (cariólise, ou perda de basofilia nuclear) devido á quebra inespecífica do DNA (provavelmente pela ação de uma DNase lisosssômica). Pode haver também no mesmo tecido necrótico células com núcleo muito condensado e basofílico (núcleo picnótico) ou células com núcleo picnótico e fragmentado (cariorréxis).


***Necrose por coagulação em infarto isquêmico de baço. Nesse tipo de necrose, é possível ainda visualizar o contorno celular (setas), apesar de a célula já estar sofrendo um processo de lesão irreversível. Observam-se nesse campo núcleos com diferentes estágios de alteração morfológica (HE, 1000X).

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Necrose




Adaptação Celular


Os músculos proeminentes dos fisuculturistas que praticam halterofilismo é um exemplo de adaptação celular, o aumento da massa muscular refletindo o aumento das fibras musculares individuais. Assim, a carga de trabalho é compartilhada por uma massa maior de componentes celulares, e cada fibra muscular é poupada de trabalho excessivo e, portanto, escapa da lesão. A célula muscular aumentada atinge um novo equilíbrio, permitindo que ela sobreviva em um nível mais alto da atividade. Essa resposta adaptativa denomina-se hipertrofia.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Causas e Mecanismos das Lesões Celulares

Causas e Mecanismos das Lesões Celulares

A célula normal é capaz de dar conta das demandas fisiológicas normais, a chamada homeostase normal. Estresses fisiológicos pouco mais excessivos ou alguns estímulos patológicos podem acarretar uma série de adaptações celulares fisiológicas e morfológicas, durante as quais estados constantes novos, porém alterados, são alcançados preservando a viabilidade da célula e modulando sua função a esses estímulos. Se os limites da resposta adaptativa a um estímulo forem ultrapassados, ou, em certos casos, quando a adaptaçao é impossível, sobrevém uma sequência de eventos, chamada genericamente de lesão celular. Esta lesão celular pode ser reversível ou irreversível.

* As alterações celulares reversíveis são assim chamadas pois permitem que a célula lesada volte a ter aspecto e função normais quando o estímulo agressor é retirado.
* A lesão celular é irreversível quando a célula torna-se incapaz de recuperar-se depois de cessada a agressão, caminhando para a morte celular


Causas de lesão celular:

* Privação de oxigênio (hipóxia ou anóxia) - asfixia, altitudes extremas.
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Isquemia - obstrução arterial.
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Agentes físicos - queimaduras, radiação solar,trauma mecânico,choque elétrico.
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Agentes químicos - álcool, medicamentos, poluentes ambientais, drogas ilícitas,veneno.
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Agentes infecciosos - vírus, bactérias, fungos.
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Reações imunológicas - doenças auto-imunes, reação anafilática.
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Anormalidades genéticas - anemia falciforme.
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Desequilíbrios nutricionais - má nutrição, obesidade.


Há diversos princípios que são relevantes à maioria das formas de lesão celular:

* A resposta celular a estímulos nocivos depende do tipo de lesão, sua duração e sua intensidade.
* As consequênsicas da lesão celular dependem do tipo, estado e adaptabilidade da célula lesada.
* Embora os sítios bioquímicos precisos da ação de muitos estímulos sejam difíceis de assinalar, quatro sistemas intracelulares são particularmente vulneráveis: manutenção da integridade das membranas celulares; respiração aeróbica envolvendo a fosforilação oxidativa mitocondrial e produção de trifosfato de adenosina (ATP); síntese de proteínas; preservação da integridade do aparelho genético da célula.
* Os elementos estruturais e bioquímicos da célula estão tão intimamente inter-relacionados que seja qual for o ponto preciso do ataque inicial, a lesão em um locus produz efeitos secundários generalizados.
* As alterações morfológicas da lesão celular tornam-se evidentes somente depois de algum sistema bioquímico crucial dentro da célula ter sido atingido.


Mecanismos Bioquímicos:

1 -Depleção do ATP
2- Acúmulo de radicais livres do oxigênio
3- Cálcio intracelular e perda da homeostase do cálcio
4- Defeitos na permeabilidade das membranas
5- Lesão mitocondrial Irreversível


As lesões celulares reversíveis podem levar ao edema celular ou à esteatose.

* O edema intracelular ocorre quando a célula é incapaz de manter o seu equilíbrio iônico, ocorrendo entrada e acúmulo de sódio e água na célula.
* A esteatose ocorre por hipóxia, agressão por toxinas ou alterações metabólicas. Neste caso formam-se vacúolos pequenos ou grandes de gordura no citoplasma, que podem deslocar o núcleo para a periferia da célula.


As lesões celulares irreversíveis levam à morte celular ou por meio do mecanismo de necrose ou pelo mecanismo de apoptose.

* A necrose refere-se a um espectro de alterações morfológicas que sucedem a morte celular no tecido vivo, em grande parte resultantes da ação degradativa progressiva de enzimas sobre a célula letalmente lesada. A aparência morflógica da necrose resulta de dois processos concomitante: digestão enzimática da célula e desnaturação de proteínas. No paciente vivo, a maioria das células necróticas e seus restos desaparecem por um processo combinado de digestão enzimática e fragmentação, como fagocitose dos restos particulados por leucócitos.

* A apoptose é também chamada de morte celular programada em virtude do seu mecanismo envolver a degradação do DNA e das proteínas celulares segundo um programa celular específico. Nesta forma de morte celular não há vazamento de proteínas através da membrana celular, ocorrendo fagocitose da célula apoptótica sem inflamação local.
A apoptose pode ser fisiológica (quando ocorre a destruição programada de células durante a embriogênese e a involução mamária após a lactação) ou patológica (ocorre em condições tais como hepatite por vírus (hepatócitos apoptóticos), atrofia acinar após a obstrução de ductos glandulares e destruição de células lesadas por radiação).